quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

SUJEITO

                                                       




                                   SUJEIT0



  Amigos meus, cada dia uma surpresa ! Hoje ocasionalmente encontrei um Su pois o jeito passou longe e eu... Mantive a classe mas fiquei, confesso, um tanto bagunçada, não me sabia ser a Primeira Dama da Inglaterra ( sim, no mínimo pois se fora a Rainha, mereceria um protocolar beija mão) ou a quitandeira ou jornaleira da esquina, ante o formal e distante aperto de mãos ! E esse Su (sem) jeito mais sem jeito me deixou pois Su perdeu-se do jeito ( se é que alguma vez na realidade o teve como íntimo) e na memória do tempo sua persona tinha algum jeito! Mais uma vez a memória nos trai!


                                              Mariza C. de C. Cezar 






   

                            
     

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

NOS IDOS DOS ANOS...

                                                                                         



                        NOS IDOS DOS ANOS...
                                                  
                                                 


                Faz tempo já! Nos idos dos anos oitenta e qualquer coisa, é que aconteceu...
                Viagem na cadeira do dentista! Deliciosa viagem astral enquanto tratava de emergência de um canal e, em razão da inflamação aguda, absolutamente na raça!
                O Dentista um tanto temeroso e sem graça explicara-me que em razão da seriedade da inflamação, não daria para “pegar” a anestesia.
                Submeti-me derrotada pela lancinante dor, ao tratamento possível e que me livrasse do angustiante sofrimento!
                Enquanto de motor em punho, ia o doutor abrindo ensurdecedoramente meu dente para limpar e tratar o canal, viajei! Atravessei um portal mágico e me encontrei vagando por frondosa floresta rumo ao barulho de água, até que me deparei com uma clareira ou quem sabe, com o final da floresta.
                Era um lindo e delicioso local com um lago azul em que nadavam peixinhos vermelhos  e outros dourados que por vezes punham  a cabecinha para fora da água, não sei se para respirar ou interagir com outros animaizinhos que descansavam nas margens do lago ou bebiam de sua água.
                Uma família de coelhinhos  brincava a um dos  lados da margem, enquanto borboletas esvoaçando dançavam qual flores bailarinas e, do outro lado da margem um veadinho  qual Narciso, se debruçava sobre a água límpida, não para mirar a própria imagem, mas para matar a sede!
                Quem mirava sua imagem no espelho das águas era eu, encantada com aquele mundo paradisíaco.
                Pequenos pássaros voando transavam de um lado a outro enquanto bebericavam da queda de água e pousavam entre seus volteios, nos galhos das árvores limítrofes, sempre cantando como se trocassem seus segredos ou notícias. Pode ser que comentassem minha presença, ou ainda que saudassem à vida!
                Disse queda de água, pois era bem isso! O lago  por um lado que me sugeria uma cabeceira, tinha rochas e a água cantante e límpida saltitava por entre as pedras até que caíssem no lago e ali serenassem.
                Entusiasmada e curiosa, ousei atravessar a diáfana cortina de água e passei por pequeno túnel  e como num átomo de segundo, num repente saí do outro lado, quedando-me maravilhada no alto de uma montanha que fazia parte de uma cordilheira que se estendia ondulante ao longo do alcance das vistas!
                Esse mar de verde que era mata, serpenteava em diferentes tons e curvas, dos dois lados de um vale em que bem em baixo corria um rio  sereno , sabendo-se lá  até onde iria dar! Seu itinerário talvez fosse correr mundo e desaguar no mar.
                Extasiada, deslumbrada, em pé no topo daquela montanha, sentia o vento a me balançar as roupas e cabelos soltos, enquanto me fustigava a face!
                Em espírito me prostrei, colocando os joelhos em terra e rocha ao mesmo tempo em que espalhava o olhar que se inundava da paisagem e seguia perdendo-se no horizonte, abrangendo toda aquela exuberância que atestava a grandeza do Criador!

                                               Mariza C. de C. Cezar               


                                                                                         

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"SOBRE A MENINA QUE FAZIA CHOVER"





                “A MENINA QUE FAZIA CHOVER

                              REGINA ALONSO




       

                        Regina Alonso, bom dia minha bela rainha!
                Seu nome cai-lhe perfeitamente, pois você é uma rainha! Rainha dos versos, rainha das palavras bem postas, apropriadas, elegantes e simples como tudo o que é autêntico!
                     Suas palavras em prosa ou verso contém delicadeza, poesia, falando com nobreza, mesmo quando usadas com autêntica crueza, de momentos, atos e sentimentos e da história rude e impiedosa que marcaram fatos e vidas.
                Suas atitudes sempre me prendem e comovem, me fazem reverente à sua grandeza e à sua arte, minha amiga, já lhe disse que me encanta!
                Fico cativa de cada livro seu que leio! Sua forma de dizer, seu jeito de contar, seus comentários calados, mas vibrantes, saltando das entrelinhas de cada tópico narrado!
                Sempre fico com gosto de “ quero mais” seja ao final de um capítulo ou ao final do livro, o que fica é: “Quero mais Regina, de seus encantos! Encantos que tem o dom de despertar em mim a Mariza dadivosa, a Mariza generosa, aquela que não pode guardar para si tamanha riqueza e prazer, aquela que necessita compartilhar com amigos, com pessoas cultas e sensíveis toda a beleza encontrada e saboreada em suas páginas!
                Mais um ano quero compartilhar com outros os encantos de livros seus!

                         Mariza C de C Cezar
                                                                                                                        
                                                                                                                       

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

LEO - LEONARDO DE CARVALHO

                                                                                                                                                                                                                                                                                                     





        Leo meu amigo, difícil dizer mais do que isso quando o coração e a memória se atropelam falando, dizendo ao mesmo tempo tantas coisas!
        Foram tantos os momentos ao longo de inumeráveis, anos em que contando com você, com sua dedicação, amizade e profissionalismo, com sua solidariedade humana e atenção carinhosa, vivíamos e sobrevivíamos nos servindo de sua atenção sempre pronta e prestativa!
        Quantas vezes, não conseguindo pronto acesso a um dos seus celulares, nos valíamos da gentil atenção da Rose ou mesmo da senhora sua mãe, no afã de localizá-lo para uma emergência, como ida a médico, socorrer e transportar nossos pets de estimação, pagar uma conta urgente e para muitas das suas velhas clientes e amigas velhas, até ida a banco resolver problemas ou mesmo sacar dinheiro dos caixas eletrônicos, tamanha a sua boa vontade e disponibilidade para com os muitos idosos a quem você atendia e socorria em grandes e pequenos problemas do cotidiano, não apenas como um taxista, mas como um amigo, um irmão, ou filho!
        Leo meu querido amigo, você por vezes partilhava conosco, sem se aprofundar, respeitando nossas idades e problemas dos quais você muitas vezes compartilhava, e tentava ajudar a solucionar, algumas das suas preocupações pessoais ou mesmo familiares, e todos sabíamos do imenso carinho para com seus filhos, o orgulho com os progressos dos netinhos que “vimos” nascer, o orgulho com os progressos pessoais e profissionais do filho varão que levava o nome do pai, o carinho com o pai doente e ainda com os inúmeros esforços e dedicação para com a mãe quituteira!
        Não acredito ser necessário enumerar todas as suas qualidades, pois aqueles que o conheciam sabiam delas e seus conhecidos e amigos eram muitos, tantos que brincando uma vez, até sugeri que você se candidatasse na política!
        Você deixa órfãs um grande número de senhoras idosas que o tinham como um filho, um amigo para todas as horas!
        Sua atenção e desvelo  não escolhia faixa etária pois muitas mães confiavam a você o transporte e cuidados com os filhos pequenos ou adolescentes, isto meu amigo, não apenas considerando seu profissionalismo mas principalmente o caráter , a boa índole e  o ser humano especial que você sempre foi.
        Neste plano, perdemos você afetiva e também no dia a dia das limitações de nossas vidas práticas, perdemos o amigo prestativo e o profissional dedicado!
        Choramos a perda sofrida ao mesmo tempo em que sorrimos com carinho, nos lembrando dos muitos momentos em que fizemos piadas dos próprios problemas!       
        Com certeza nos despedimos com carinho, sabendo que teremos a partir de agora, um grande amigo continuando a caminhada em outra dimensão!
        Até mais Leo!

                      Mariza C. de C. Cezar
                      Santos,05/06 de janeiro de 2015