sábado, 25 de maio de 2013

SUPERAÇÃO

                                                                                                                               
              

  SUPERAÇÃO 
              
 
Superação!


                 Quantas vezes pensamos, acreditamos mesmo ter superado dramas pessoais vividos! Quantas vezes chegamos a nos sentir satisfeitos e em paz, como heróis que venceram as lembranças amargas de episódios caóticos!

                Quantas vezes despimos lembranças quixotescas de esgrimir moinhos de vento fantasmagóricos que povoam memórias remanescentes de ruínas emocionais ou físicas!

                Ainda assim, quantas vezes num átomo de segundo acordamos para a realidade, deixando cair o véu de Maia e descobrimos que a superação almejada ainda não fora totalmente alcançada! Apenas tentávamos,  com algum sucesso, nos convencer de tê-la conseguido e, camuflávamos não apenas para o mundo, principalmente para nós mesmo, pobre de nós, em busca da paz almejada.

               No entanto, superação, a ação de superar, de deixar totalmente para trás, sem fugir da realidade, apenas conviver com o óbvio, olhando-o com aceitação e, tranquilamente interagir com a realidade sem deixar que ela tome proporções irreais e absolutas, nos impedindo de ser, de continuar a viver e, como ser vivente, de crescer!

           Nada me vem à lembrança que exemplifique superação, como um vídeo recebido por e-mail, como a apresentação de um balé incrível, apresentado por um casal de orientais, expressivos, belos, suaves em sua dança em rodopios e movimentos surpreendentes, ele de muleta e sem uma perna e ela, sem um dos braços, o que se custava a perceber tamanha a agilidade, a leveza de movimentos ousados e suaves!

           Verti lágrimas emocionadas enquanto, sorrindo, me extasiava com o belo da arte e da vida!                 
                                   

sábado, 18 de maio de 2013

"IN VINO VERITAS"

                                                                                                                                                                                                               
                                                                                                                           

                                                                                                       
                  
 “IN VINO VERITAS”

                
“In vino veritas”.

                  Poucas verdades são tão verdadeiras!

                  No entanto, mal acabei de enunciá-la e fui obrigada, na realidade, coagida a faltar com a verdade!

                 - Trim...trim...trim, grita  impertinemte a campainha do telefone e, uma voz do outro lado, jovialmente pergunta pela dona Mariza, dizendo ser portadora de um agradecimento, o que forçosamente me obrigou a uma mentirinha dita útil, dizendo á interlocutora que estava de saída, com o taxi á espera e o medico em cima da hora.

               Pronto!  Como se fora por pura magia, a dita mentira ou inverdade, desobrigou-me da inconveniência de escutar a imensa ladainha de agradecimentos, para terminar com irrecusáveis pedidos de ajuda a este ou a aqueles necessitados, donos de tristes histórias muito úteis ao “staf” por trás de suas necessidades e, que mantêm um exército de trabalhadores, todos motorizados, por vezes com mais de um veículo na garagem, tudo á custa dos condoídos incautos, sensibilizados pelos tristes enredos debulhados.

            Enfim, ficamos sem o vinho, mas tropeçamos em uma inverdade útil, para fugir de outra inverdade muito maior e que tanto prolifera na nossa sociedade!

            Verdadeiramente falando, não sou contra a caridade, muito pelo contrário, apenas prefiro eu mesma, eleger os beneficiários a serem atendidos pela minha disponibilidade que é muito maior de coração que de bolso.

                  
                                         

sábado, 11 de maio de 2013

ARIZONA

                               
              
ARIZONA             
Ela está presente na minha história de vida, assim como presente constante se faz na minha afetividade.


               Ágil, lúcida, esperta, lutadora e valorosa, amiga com alma irmã!

               Pioneira em tempos de mudança, pois nos conhecemos nos anos sessenta, quando enfrentou conceitos e preconceitos familiares e sociais, pois espírito indômito e imbatível, ergueu a bandeira da liberdade, da autenticidade e saiu do berço interiorano, lá dos confins da alta Sorocabana e veio aportar na nossa Santos, contando com seu discernimento e garra, mais o emprego público, eis que concursada.

              Deixou no interior seu amor pelo basquete, pois aqui no litoral seu basquete era a luta pelo dia a dia, o trabalho da repartição da Fazenda Pública, a conquista pelo aluguel da quitinete, sua sobrevivência e o custeio da faculdade de Direito na “Casa Amarela”.

            Querida amiga, irmã de alma!

             Se guerreira era, também era dona de uma ternura sem igual, de sensibilidade ímpar e de honestidade e lealdade  raras !

             Minha amiga com nome de cigarro, de estado Norte Americano, que aos incautos insinuava uma vaqueira, assim chamada pela paixão dos irmãos mais velhos encantados com os filmes norte americanos retratando o faroeste.

             Vaqueira não era mas se chamava Arizona e tinha grandes, lúcidos, brilhantes e mansos olhos negros que se sobressaiam da moldura loira formada pelos cabelos sempre soltos ao vento, olhos que me faziam, a título de galhofa e com grande carinho, chamá-la de: minha “vaca amarela”.

             Seus olhos transmitiam mansidão, certeza, profundidade de ser e de conviver.

              Fui testemunha de seu casamento civil e madrinha do seu primeiro filho varão e recebi um terrível choque quando telefonei para cumprimentar pelo aniversário, meu afilhado então na pré adolescência, quando fiquei sabendo que tinham ido todos e às pressas, para o enterro da mãe!

             Arizona que se aposentara, estava implantando e dirigindo uma fazenda de gados no pantanal e, sofreu um acidente quando levava uma caseira com os filhos, para essa fazenda.

            Ficou na estrada e, dali seguiu para o túmulo da família de origem, os Baltuilhe , lá de Santo Anastácio, junto da sua mãe.

            Querida amiga, minha “vaca amarela”, gosto de saber que você está aí, nesse outro ponto cósmico, vibrando, cintilando sempre em sintonia com o meu bem querer!                                      
                            

segunda-feira, 6 de maio de 2013

CONTINUIDADE DE SER






                                        CONTINUIDADE DE SER




                                      
                                       
Mariza Cezar Ante a continuidade de ser, não importa em que dimensão, em que espaço ou tempo cósmigo, em que forma ou se sem, o desapego de ilusões passageiras porque por trás do véu de Maia, ostentando uma realidade ilusória portanto passageira e irreal, se torna inútil, sem siquer merecer atenção, que dirá valia! O desapego na realidade é e será de nada porque tudo é ilusão de ser delimitado e informado ou ainda enformado sob falsas aparências ou consistências, o que importa é fluir, é vibrar em não ser por ser na impermanência em comunhão com os seres ou ainda o absoluto! Mariza Cezar Ante a continuidade de ser, não importa em que dimensão, em que espaço ou tempo cósmigo, em que forma ou se sem, o desapego de ilusões passageiras porque por trás do véu de Maia, ostentando uma realidade ilusória portanto passageira e irreal, se torna inútil, sem siquer merecer atenção, que dirá valia! O desapego na realidade é e será de nada porque tudo é ilusão de ser delimitado e informado ou ainda enformado sob falsas aparências ou consistências, o que importa é fluir, é vibrar em não ser por ser na impermanência em comunhão com os seres ou ainda o absoluto!     
               Ante a continuidade de ser, não importa em que dimensão, em que espaço ou tempo cósmico, em que forma ou se sem, o desapego de ilusões passageiras porque por trás do véu de Maia, ostentando uma realidade ilusória portanto passageira e irreal, se torna inútil, sem sequer merecer atenção, que dirá valia! O desapego na realidade é e será de nada porque tudo é ilusão de ser delimitado e informado ou ainda formado  sob falsas aparências ou consistências, o que importa é fluir, é vibrar em não ser, por ser na impermanência, em comunhão com os seres ou ainda o Absoluto!