sexta-feira, 26 de abril de 2013

ENCONTRAR POESIA

   
                                       
 ENCONTRAR POESIA

 

 

 

A beleza é já tão bela!

Tão alegre a alegria!

Tão radiante, vibrante

E ao mesmo tempo,

Suave, delicada,

Amena, a vida;

A vida do que é belo,

A beleza da alegria,

A alegria da beleza,

A leveza da harmonia.

É tudo já tão poesia!

Que não vejo grandeza

Em cantar a alegria,

Em dizer da magia

Do bem e do belo,

Redundar em poesia.

Para mim, o importante,

Nem que por um instante,

É encontrar poesia

Na tristeza, no pungente,

Na dor, na morte,

No incolor

Do dia a dia.
 
                          

terça-feira, 23 de abril de 2013

MAR, AI O MAR!

                                                                                                
                  
MAR AI O MAR!

 

                   Mar Morto

                   Mar do Porto

                   Mar da praia

                   Mar de Arraia

                   Arrastão no mar!

                   Canto o canto do mar

                   Meus ouvidos soam mar,

                   Minhas narinas cheiram mar

                   Meu tato contata o mar

                   Minha voz grita: mar

                   Meu pulsar cadencia mar,

                   Meu corpo mergulha o mar

                   Meu ser renasce do mar

                   Eu sou o mar!

                  
                                             

sexta-feira, 19 de abril de 2013

                            
                            


 

                 “Ser ou não ser, eis a questão!”

                  Ser ou estar  é a questão que completa e, cuja resposta talvez defina a questão.

                  Ser só! Todos na realidade o somos.

                   Sós “com nossos botões”, é que conjecturamos, que filosofamos, que avaliamos, questionamos, fazemos nossas opções e, tomamos nossas decisões.

                   Exercemos nossas livres escolhas e, assumimos nosso livre arbítrio.

                  O estar só é momentâneo, circunstancial, opcional, por vezes agradabilíssimo!

                   Estando sós é que ouvimos a voz do silêncio, ainda a música das esferas, a nossa consciência e o brado ou murmúrio de Deus que, em sua onipresença nos fala através do nosso coração, de cada molécula do nosso ser, como ainda, de toda a natureza.

                  Estando sós, nos encontramos, nos descobrimos, nos reencontramos e melhor, nos religamos a tudo e a todos, como ao Universo, sentindo o ritmo do pulsar cósmico em nós e, nos reconectando ao pulsar Universal!

                 Deixamos de ser sós, nos reconectamos com o Todo e assim, plenos e reintegrados, em harmonia, equilíbrio e paz, poderemos voltar a integrar com nossos irmãos, com o próximo, com aqueles em cuja companhia muitas vezes nos sentimos tão terrivelmente sozinhos, perdidos, abandonados!

                        


quarta-feira, 10 de abril de 2013

CARTA ABERTA (COM ENDEREÇO CERTO)

                                                                                                              
     
CARTA ABERTA  (COM ENDEREÇO CERTO) 
     
  “ Hola” Michelle! Minha Miu, mais ainda Mimiu ou Mimiuzinha!

 

        Estou em êxtase! Sinto um borbulhar, um efervescer nas entranhas do meu ser! Sensações físicas, porem meros reflexos “de profundis” do âmago da minha alma que vibra e ressoa quase alcançando o tom da música das esferas!

        Miu que lindo! Que linda!

        Sua sensibilidade, sua poesia de ser e dizer, misturando sob a batuta do amor, o profundo com o prosaico do cotidiano, pintado com coloridos vívidos sem perder a harmonia, o sensível que não cria porque na realidade é poesia!

       Miu sua delicadeza com ares displicentes de quem não se preocupa e nem se importa com o pré estabelecido ou com os circunvizinhos, hasteando como quem nada quer, a bandeira das guerrilheiras feministas da história, sem entretanto perder essa humanidade tão forte e delicada, tão sensível  e poética, nessa busca de firmar o seu ser com honesta postura de vida e de sentimentos!

      Você minha pequena ternurinha, sempre foi coerente com você e com as suas buscas de ser!

       A menininha pequena, magra, com aparência frágil, sempre às voltas com o caderno e as lições de casa! Aquela pequena, bem pequena que, ao ganhar um  “Taro dos Duendes” baralhinho infantil, da” Além das Lendas” e que sem inibições ou constrangimentos, se punha a “ler” Tarô para minhas amigas, alunas ou visitas!

      A menina que, no meio do caminho trocou para sempre os cadernos pelos livros, em busca de conhecimento, do belo, da filosofia, das verdades e poesias e, enveredou pelos caminhos das letras e aí se bacharelou e, não parou, continua vivendo, buscando o belo no ser e no dizer.

        Estou imensamente envaidecida, deliciada, sensibilizada, ao saber pela sua cartinha, que você irá contar de mim, irá ler minhas crônicas, contos e poesias, para adultos e  crianças, as nossas e aquelas a quem você pretende, no futuro, dedicar o seu amor e muito da sua atenção!

         Cuide-se menina! Por mim e por você!

         Não perca nunca o contato tão grato ao nosso bem querer!

         Beijo você! E para não perder o velho hábito de sempre: “Meu coração para o seu coração ! Seu coração para o meu coração ! Amo você!”

 

                                             Mariza

                                            A tia Má.
                        

 

sábado, 6 de abril de 2013

VOCE

                                                
               
VOCE...

 

                Você me roubou o encanto, a ilusão!

                Não me deixou seca porque sou cheia de amor!

                 Amo à vida,  amo às pessoas, às plantas, aos animais, amo aos minerais, amo o passado e suas histórias, amo o presente, esse presente mutante que se transforma e se renova com o correr do tempo, amo até ao futuro incerto!

               Amo o amor! Como amo! Só não me atrevo a depositar amor, esperança, acreditar em relacionamentos, pois essa ilusão de amar você esgotou, consumiu, se assenhoreou dela, tomou-a toda para si e nada deu em troca!

              Sugou qual vampiro sedento, faminto, voraz, a minha ilusão de amor e eu, me deixei sugar hipnotizada que estava pela ilusão de amar!

              Me enterneço com os casais companheiros, com seus carinhos e envolvimentos, comovem-me de verdade e, me rejubilo ao deparar com esses enamorados, principalmente com os casais mais velhos, aqueles que se curtem enquanto sabem o valor dessa troca de amor!

             Enternecem-me,  eu os admiro mas não os invejo porque, mesmo sendo tão cheia de amor, tendo tanta capacidade de amar, não tenho mais ilusão de amor, desse amor a dois, desse amor romance, pois esse amor, dei-o todo a você junto com o meu coração e consagrei-os ao pé do altar!

           Quando se exauriu, entregamos ao homem o direito de dissolver os laços que, pelo juramento, caberia apenas a Deus fazê-lo!