segunda-feira, 28 de novembro de 2011

MÃE

Enir Moraes Camargo de Cerqueira Cezar
07/08/19 a 29/11/88
                                     MÃE
                                           Minha linda!
                                           Saudade imensa de você!
                                           Deixa-me dizer do meu bem querer, mesmo que você já o saiba constante no meu viver.
                                            Deixa-me falar na certeza de você! Na presença sempre presente, atuante, gritante nos genes transmitidos como nos ensinamentos e exemplos vívidos e tão plenos de você!
                                            Mãe linda! Mãe minha, tão minha pelo bem querer a despeito do amor á ninhada composta ao todo de quatro petizes com pequena diferença de idade entre eles, duas meninas seguidas de dois meninos.
                                            Mãe pelicano! Sei que você só mudou de dimensão, pois sei , sinto você e isso é tão bom!
                                         Que reconfortante essa certeza de amor, essa certeza de você!
                                       Que orgulho em me saber filha sua! Filha do seu coração, fruto do seu amor!
                                      Nós não nos dissemos adeus, pois indubitavelmente, o amor não sofre cortes e nem afastamento.
                                     Nós nos sabemos  e um dia.... essa certeza trará a explosão do reencontro em amor e realidade.
                                   Até lá, a certeza de você mãe sempre e sempre minha, mãe coragem, mãe verdade!
                                       

sábado, 19 de novembro de 2011

EM RESPOSTA...

              EM  RESPOSTA: “A CASA QUE ABRIGOU O MAR”
              “A casa que abrigou o mar” de Flávio Viegas Amoreira, em a Tribuna Livre de 25/X/10, me encantou não só pela forma de dizer, como pelo tema tão oportuno e verdadeiro.

              Não posso, entretanto me calar quanto ao pecado apresentado como original, ou seja, a derrubada do Parque Balneário, pois para mim esse foi talvez o pecado capital, pela gravidade do ato e ainda, porque o pecado original já ocorrera há algum tempo, com a sacrílega derrubada do Pálace Hotel na praia do José Menino, com seu velho casarão e suas escadas de mármore branco, rodeadas de agradável jardim, que abrigava em grande gaiola, a moradia de lindo casal de araras, Anita e Peri que amigavelmente bicavam das mãos dos hospedes ou residentes do hotel, frutos dos chapéus de sol que faziam sombra amiga por sobre os bancos no jardim espalhados.

            No salão de festas do Pálace Hotel da av. Presidente Wilson, ocorreram bailes em que dançaram muitos da nossa melhor sociedade, bem como outros que viriam a se destacar no mundo da política, da sociedade e da dramaturgia paulista e, muitas vezes ao som da voz amiga do então jovem crooner Esmeraldo Tarquínio.

           Pecado maior ainda porque a derrubada desse hotel, deu lugar a um exagero de concreto com ares de colméia, em flagrante desrespeito á memória da história santista.

          Quando vim para Santos, ainda uma pequenina menina de dentes de leite, nos idos de 45, aquele hotel foi minha primeira moradia em Santos, como era na época, a residência de muitas autoridades e de suas famílias, até que definissem e realizassem a aquisição do local em que instalariam o lar.
          Minhas memórias de menina aqui em Santos, se reportam a esse hotel, como sei que a de muitas pessoas ilustres aqui da terra, algumas que lá nasceram e outras que já não estão mais por aqui, levando e deixando saudade, como saudade deixou o imponente e acolhedor prédio e seus jardins bem defronte ao jardim de nossas praias, acolhendo o coloquial, aventuras, sonhos e fantasias enquanto fazia história ficando na memória, como o marco de uma época.

sábado, 12 de novembro de 2011

CLEIDE

                  CLEIDE,
                  Há que se ter espírito para entendê-la!

                  Ela é toda espírito, da medula espinhal, do chacra raiz á raiz dos cabelos, enquanto passeia por todos os chacras, fazendo-os vibrar, fervilhar e subir artisticamente, senão arteiramente em movimentos sinuosos quais ida e pingala, traçando enquanto trança em arte, o caminho espiral da vida, em sinuosidades artísticas e arteiras que vibram e pulsam veias e vasos, brotando dos poros em feromônios dignos de serem envasilhados em frascos preciosos.

               Alquimia cobiçável por damas e donzelas, por magos e bruxos e mercado capitalista!

               Há que se ter alma de artista para entendê-la!

               Não pertence á pequena burguesia prosaica, quadrada e enquadrada, pois respira, transpira, exala sua essência de artista. Como poderão os pobres e comuns mortais entendê-la?

              O que não se entende, se estranha e se teme, se deprecia, se enxovalha e rotula em parâmetros próprios; isso se tenta pelo menos, mas não se alcança  nem ao artista e tampouco ao arteiro, que se dirá do espírito que se recicla e se renova em ser, totalmente ser, plenamente ser!

(mesmo que envasilhado como espírito etílico?)

              Perdoe-me a brincadeira do final, cara amiga, mas brincadeira  á parte, aproveito esse “espírito” para brindar ao seu dia que também o é dos Arcanjos .

                Feliz ani!

                                        
                 Abraços mil e meus, carinhosamente em e pelos  29 de setembro de todos os anos,

                                                                  Mariza

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LIBERDADE E FELICIDADE

 
               LIBERDADE E FELICIDADE
               Liberdade plena só existe em função da dualidade com que fomos agraciados neste nosso planeta Terra e isso, note-se que após a expulsão do paraíso, ao experimentarmos o fruto proibido, que é o conhecimento dessa dualidade, ou ainda do bem e do mal, da Luz e da Sombra.

             Deixamos então o estado de graça, a beatitude dos diletos seres feitos á semelhança do Criador, ao tentarmos ser realmente como esse Todo Poderoso Pai e aí, em “desgraça”, passarmos a assumir a responsabilidade pelas nossas escolhas, pelas conseqüências das nossas ações, assumirmos, a partir desse conhecimento, a responsabilidade pelo exercício do nosso “livre arbítrio”, a real liberdade de escolha, a liberdade de não apenas fazer ou não fazer, mas principalmente de ser ou não ser.

            Para quem conhece sua  faculdade ou melhor, seu sagrado direito de escolha, de por livre escolha exercer esse direito maior que é o da liberdade, seja em que momento ou em que questão for, se deixar de exercê-lo, seja por omissão ou opressão, estará renegando ou, estará vilipendiado em sua condição humana e assim, impedido de ser feliz ou quiçá de puramente ser.

           Sempre prezei meu direito sagrado á liberdade e quando esse direito me foi cassado pela política dos homens, com a desestabilização financeira, causada pela má administração do dinheiro público e mau gerenciamento dos negócios do Estado, em flagrante desrespeito á dignidade humana daqueles que compõe a máquina governamental, obrigando-me entre outras renúncias á do meu amado carrinho, me senti vilipendiada e espoliada no meu sagrado direito á liberdade de “ir e vir”.

         Nasci para viver em plena sintonia com o carro, rodando estradas e ruas, subindo rampas e ladeiras, galgando distâncias e alturas, enquanto os olhos ávidos absorviam as belezas das paisagens percorridas ou vislumbradas e, a alma plainava leve e exultante em vôos altos ou rasantes, bailando com a luz do dia ou das estrelas, ao som do prazer que a tudo fazia vibrar em êxtase de viver.

        Assim vivi e exerci o meu viver, entre deveres e folguedos até que me vi cerceada em meu sagrado direito á liberdade de ir e vir.

         Dizia sempre que o carro  pára mim não era luxo, mas que fazia parte desse direito inalienável, pois minha alma cigana sempre livre, queria continuar livre a correr e percorrer o mundo com o seu atual “carroção” motorizado , no entanto decorrido alguns anos e, somando perdas e desapegos, esta semana me surpreendi a olhar com olhos cobiçosos, não a mulher ou o homem dos visinhos e tampouco o seus belos  possantes carros, mas sim a liberdade daquele transeunte que tranqüilamente caminhava pelas ruas, saboreando a vida e a alegria ou felicidade de prazerosamente ir e vir por livre escolha, e eu então me senti feliz por ter a liberdade de optar e alquimicamente transformar limões em limonada. 
                                                                

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

MUNDO

                    MUNDO

                    A vida lá fora

                    E eu aqui dentro,

                    E dentro de mim,

                    Este mundo de vento

                    E fora de mim,

                    Este mundo que vibra,

                    Estas formas de vida,

                    Este mundo de amor!